Boa noite, já é madrugada novamente e como não tenho nada melhor pra fazer resolvi me destrair um pouco por aqui...
Só que tem um problema, esses últimos dias estou totalmente sem criatividade e não inspirada (acho que é o inferno astral para a passagem para o próximo ano), portanto resolvi postar aqui a primeira parte de uma das histórias da minha vida que escrevi durante as madrugadas desse ano. Eu desabafo tudo nesses textos hahaha era uma terapia pra mim quando eu estava aguniada e perdida. Quem sabe nos próximos dias eu vou postando as continuações :)
Lá vai:
Estou em
crise!
Esse ano foi muito difícil pra mim, tinha um gostinho diferente, pois não estaria mais na escola e nem veria meus amigos e amigas todos os dias. Não pensei que me formar ia ser tão “diferente”.
Depois de muitos dias de diversão nas férias de janeiro, voltei para São Paulo convicta de que faria cursinho pois não tinha ido bem nos vestibulares. Porém, logo veio a surpresa, havia passado no Mackenzie para o curso de arquitetura que tanto desejava. A partir desse dia, foi só festa ...até fiz um churrasco com meus amigos para comemorar essa nova fase da minha vida.
Perdi o dia do trote, pois minha lista de aprovação saíra bem no dia deste. Mas, sem crises!! Primeiro dia de aula, eu totalmente perdida porem empolgada com o que viria pela frente. Os dias foram se passando e conheci um pessoal, porem andava com apenas 4 : Carol ( uma mestiça super estilosa que tinha cabelos curtos pretos com mechas loiras, usava roupas coloridas e escutava bandas alternativas. Dei o apelido de Emo hahaha), Marcela (uma menina reservada, tranqüila, que só pensava no namorado), Letícia ( uma menina X que nunca conversei seriamente e até hoje não sei como a conheci e curtia umas verdinhas as vezes.) e a Juliana (uma japinha gordinha super legal, simpática e de bem com a vida que veio de mogi e chamávamos carinhosamente de fazendeira). Sabe, elas eram gente boa mas não me identifiquei com o jeito delas....sou mto animada,alegre e disposta a fazer tudo!!Queria sempre ir pro bar, sair pra almoçar e até matar aulas (ninguém é de ferro, ainda mais no primeiro semestre da faculdade onde tinha uma rua com 7 bares, sim SETE BARES) mas elas sempre se negavam. Sou a favor dos estudos e tudo mais, mas também é necessário ter alguma diversão não é verdade? Somos jovens poxa vida, temos que fazer besteiras e aprender com elas. Ou não.
Bom, só sei que os dias foram se passando e eu não agüentava mais ir para aquela faculdade. Sempre achei que arquitetura fosse lindo, mas logo vi que ela não tinha a minha cara, não via o que ela podia acrescentar na minha vida e no meu caráter e muito menos no das outras pessoas. Ainda mais com aquela maldita régua paralela que NUNCA conseguia montar direito.
Pra melhorar, eu estudava de tarde (péssimo, você perde tooodo seu dia) e pegava busão pra ir e pra voltar da faculdade que se localizava na Consolação, ou seja, longe do Morumbi, onde moro. Além de ir pro Mack desgostosa e passar um dia irritante, eu pegava busão lotado todo dia, pois minha aula acabava na hora do rush, ou seja, O INFERNO(traduzindo: pessoas feias, fedidas,mau educadas, taradas que te encoxam simplesmente porque você possui uma bunda). Aproveitando e abrindo um parênteses não poderia deixar de contar um episódio trágico em minha vida urbana sofredora, o dia em que...bom, vamos lá. Estava eu no ônibus chamado Campo Limpo que como sempre estava lotado. Eu que me achava superinteligente, achei que para que eu não perdesse o ponto onde desceria mais tarde, teria que ficar perto da porta da saída todo o percurso, e assim foi. Porém não contava com a minha linda má sorte, sai ponto entra ponto a porta abria e fechava...e eu lá, pendurada no cano e em cima da escada perto da porta...com o bração firme e forte!!Até a hora em que tomei um susto e vi meu lindo bracinho indo embora com a porta do ônibus, sendo esmagado lentamente por aquela ARMA de porta! Sim, eu estava desesperada, gritando (AI AI AI) maaaas, como as pessoas são super educadas, ninguém se mexeu, sim NINGUÉM. E então me vi numa situação delicada... Ou eu tirava meu braço a força ou eu o perderia. Trágico não?
Decidi assim, depois de refletir durante meio segundo, que a melhor opção era arrancá-lo a força antes que eu virasse mais uma pessoa sem braço na população mundial. Pois bem, arranquei e logo que vi meu ele salvo e senti aquela dor imensa comecei a chorar... Sim, desagüei em pleno busão lotado!!Que vergonha, a burguesinha que andava de ônibus pela primeira vez, chorando sozinha com o braço semi-amputado. De repente em meio aquela deliciosa situação ouço uma BRILHANTE voz vinda mais precisamente de cima do meu ombro direito falando: “É moça, acho que você vai ter que ir no médico”. Neste momento, olhei com tooooda minha fúria para aquele PUTA negão que estava ao meu lado, ou em cima de mim não sei ao certo, que poderia ter me ajudado segurando a porta ou pelo menos gritando para o cobrador abrir a porta de novo, falando uma coisa OBVIA. Bom, resultado: meu braço depois de uns dias ficou com uma cor verde amarelada meio abacate com uns tons de preto e doendo, essa dor ficou mais ou menos uns 5 meses no meu braço, foi feio.
Bom, fechando os parênteses dessa historia trágica urbana, voltemos a falar do Mack. Sim, meus dias eram intermináveis, até que chegou a hora de contar aos meus pais sobre o que eu estava achando de tudo aquilo. Não foi fácil.
Todos tentavam me convencer de que eu estava sendo precipitada pois estava na faculdade a apenas 2 meses, mas algo forte dentro de mim me falava que largar era a coisa certa a fazer. Bati o pé e acabei fazendo com que meus pais se conformassem com a minha decisão. (Meus pais sempre falavam que se um dia eu entrasse numa faculdade e não gostasse do curso, que eles dariam total liberdade para eu sair...tipo uma coisa SUPER simples, falavam: “se não gostar, saia!”, mas na pratica não é bem assim, experiência própria). Fui ao Mack pela ultima vez, e cancelei minha matricula, não sei descrever ao certo o sentimento que tomou conta de mim aquele momento, era uma mistura de alivio, felicidade e medo. Pensava em como uma coisa que era tão importante pra mim, tinha acabado em tão pouco tempo e eu ainda por cima estava feliz com tudo aquilo.
Enfrentar os pais é difícil, até mesmo os meus que são uns anjinhos, e chateá-los assim não me faz bem.
Com meu pai foi o mais difícil pois ele sempre sonhou em fazer arquitetura porém na juventude optou por administração no Mack também. Ele ficou super feliz e realizado quando soube da noticia de que eu havia passado na faculdade do coração dele (ele sempre me contava sobre como os dias dele no Mack eram bons e cheios de malandragem nas pracinhas e arredores na cia dos amigos) e ainda mais na profissão que ele tanto tem vontade de seguir. Até hoje ele não se conforma com a minha decisão, mas como um bom pai, aceitou minha escolha.
Quando vi já era meu último dia lá, me despedi de minhas colegas e peguei meu último ônibus oficial Mack-casa (dessa vez sem dramas, apenas felicidade).
No dia seguinte, comecei a pensar: “O que faço da vida agora?” E são nessas horas que as mães entram em cena como anjos da guarda. Minha mãe havia pesquisado nomes de psicólogas que faziam testes vocacionais, e achou uma com a indicação de uma amiga dela. Fiz alguns meses de orientação vocacional, de 15 em 15 dias. Passei um mês inteiro sem fazer nada, apenas comendo, dormindo e vendo reprises de seriados na tv e filmes. Virei uma bolinha.

Esse ano foi muito difícil pra mim, tinha um gostinho diferente, pois não estaria mais na escola e nem veria meus amigos e amigas todos os dias. Não pensei que me formar ia ser tão “diferente”.
Depois de muitos dias de diversão nas férias de janeiro, voltei para São Paulo convicta de que faria cursinho pois não tinha ido bem nos vestibulares. Porém, logo veio a surpresa, havia passado no Mackenzie para o curso de arquitetura que tanto desejava. A partir desse dia, foi só festa ...até fiz um churrasco com meus amigos para comemorar essa nova fase da minha vida.
Perdi o dia do trote, pois minha lista de aprovação saíra bem no dia deste. Mas, sem crises!! Primeiro dia de aula, eu totalmente perdida porem empolgada com o que viria pela frente. Os dias foram se passando e conheci um pessoal, porem andava com apenas 4 : Carol ( uma mestiça super estilosa que tinha cabelos curtos pretos com mechas loiras, usava roupas coloridas e escutava bandas alternativas. Dei o apelido de Emo hahaha), Marcela (uma menina reservada, tranqüila, que só pensava no namorado), Letícia ( uma menina X que nunca conversei seriamente e até hoje não sei como a conheci e curtia umas verdinhas as vezes.) e a Juliana (uma japinha gordinha super legal, simpática e de bem com a vida que veio de mogi e chamávamos carinhosamente de fazendeira). Sabe, elas eram gente boa mas não me identifiquei com o jeito delas....sou mto animada,alegre e disposta a fazer tudo!!Queria sempre ir pro bar, sair pra almoçar e até matar aulas (ninguém é de ferro, ainda mais no primeiro semestre da faculdade onde tinha uma rua com 7 bares, sim SETE BARES) mas elas sempre se negavam. Sou a favor dos estudos e tudo mais, mas também é necessário ter alguma diversão não é verdade? Somos jovens poxa vida, temos que fazer besteiras e aprender com elas. Ou não.
Bom, só sei que os dias foram se passando e eu não agüentava mais ir para aquela faculdade. Sempre achei que arquitetura fosse lindo, mas logo vi que ela não tinha a minha cara, não via o que ela podia acrescentar na minha vida e no meu caráter e muito menos no das outras pessoas. Ainda mais com aquela maldita régua paralela que NUNCA conseguia montar direito.
Pra melhorar, eu estudava de tarde (péssimo, você perde tooodo seu dia) e pegava busão pra ir e pra voltar da faculdade que se localizava na Consolação, ou seja, longe do Morumbi, onde moro. Além de ir pro Mack desgostosa e passar um dia irritante, eu pegava busão lotado todo dia, pois minha aula acabava na hora do rush, ou seja, O INFERNO(traduzindo: pessoas feias, fedidas,mau educadas, taradas que te encoxam simplesmente porque você possui uma bunda). Aproveitando e abrindo um parênteses não poderia deixar de contar um episódio trágico em minha vida urbana sofredora, o dia em que...bom, vamos lá. Estava eu no ônibus chamado Campo Limpo que como sempre estava lotado. Eu que me achava superinteligente, achei que para que eu não perdesse o ponto onde desceria mais tarde, teria que ficar perto da porta da saída todo o percurso, e assim foi. Porém não contava com a minha linda má sorte, sai ponto entra ponto a porta abria e fechava...e eu lá, pendurada no cano e em cima da escada perto da porta...com o bração firme e forte!!Até a hora em que tomei um susto e vi meu lindo bracinho indo embora com a porta do ônibus, sendo esmagado lentamente por aquela ARMA de porta! Sim, eu estava desesperada, gritando (AI AI AI) maaaas, como as pessoas são super educadas, ninguém se mexeu, sim NINGUÉM. E então me vi numa situação delicada... Ou eu tirava meu braço a força ou eu o perderia. Trágico não?
Decidi assim, depois de refletir durante meio segundo, que a melhor opção era arrancá-lo a força antes que eu virasse mais uma pessoa sem braço na população mundial. Pois bem, arranquei e logo que vi meu ele salvo e senti aquela dor imensa comecei a chorar... Sim, desagüei em pleno busão lotado!!Que vergonha, a burguesinha que andava de ônibus pela primeira vez, chorando sozinha com o braço semi-amputado. De repente em meio aquela deliciosa situação ouço uma BRILHANTE voz vinda mais precisamente de cima do meu ombro direito falando: “É moça, acho que você vai ter que ir no médico”. Neste momento, olhei com tooooda minha fúria para aquele PUTA negão que estava ao meu lado, ou em cima de mim não sei ao certo, que poderia ter me ajudado segurando a porta ou pelo menos gritando para o cobrador abrir a porta de novo, falando uma coisa OBVIA. Bom, resultado: meu braço depois de uns dias ficou com uma cor verde amarelada meio abacate com uns tons de preto e doendo, essa dor ficou mais ou menos uns 5 meses no meu braço, foi feio.
Bom, fechando os parênteses dessa historia trágica urbana, voltemos a falar do Mack. Sim, meus dias eram intermináveis, até que chegou a hora de contar aos meus pais sobre o que eu estava achando de tudo aquilo. Não foi fácil.
Todos tentavam me convencer de que eu estava sendo precipitada pois estava na faculdade a apenas 2 meses, mas algo forte dentro de mim me falava que largar era a coisa certa a fazer. Bati o pé e acabei fazendo com que meus pais se conformassem com a minha decisão. (Meus pais sempre falavam que se um dia eu entrasse numa faculdade e não gostasse do curso, que eles dariam total liberdade para eu sair...tipo uma coisa SUPER simples, falavam: “se não gostar, saia!”, mas na pratica não é bem assim, experiência própria). Fui ao Mack pela ultima vez, e cancelei minha matricula, não sei descrever ao certo o sentimento que tomou conta de mim aquele momento, era uma mistura de alivio, felicidade e medo. Pensava em como uma coisa que era tão importante pra mim, tinha acabado em tão pouco tempo e eu ainda por cima estava feliz com tudo aquilo.
Enfrentar os pais é difícil, até mesmo os meus que são uns anjinhos, e chateá-los assim não me faz bem.
Com meu pai foi o mais difícil pois ele sempre sonhou em fazer arquitetura porém na juventude optou por administração no Mack também. Ele ficou super feliz e realizado quando soube da noticia de que eu havia passado na faculdade do coração dele (ele sempre me contava sobre como os dias dele no Mack eram bons e cheios de malandragem nas pracinhas e arredores na cia dos amigos) e ainda mais na profissão que ele tanto tem vontade de seguir. Até hoje ele não se conforma com a minha decisão, mas como um bom pai, aceitou minha escolha.
Quando vi já era meu último dia lá, me despedi de minhas colegas e peguei meu último ônibus oficial Mack-casa (dessa vez sem dramas, apenas felicidade).
No dia seguinte, comecei a pensar: “O que faço da vida agora?” E são nessas horas que as mães entram em cena como anjos da guarda. Minha mãe havia pesquisado nomes de psicólogas que faziam testes vocacionais, e achou uma com a indicação de uma amiga dela. Fiz alguns meses de orientação vocacional, de 15 em 15 dias. Passei um mês inteiro sem fazer nada, apenas comendo, dormindo e vendo reprises de seriados na tv e filmes. Virei uma bolinha.
Para completar minha felicidade entrei num cursinho, que fazia ao mesmo tempo que a Orientação Vocacional.
Bom gente, agora o cursinho são outros 500 que postarei depois!
Beijosqueijos
Em defesa da Arquitetura Mackenzie: você escolheu as amigas erradas! hahaha htem gente animada sim! só mais alternativa..
ResponderExcluirahhahaahha
ps: to me divertindo horres aqui cets... Folguei e vim ver mesmo! haha